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Cuidado: trabalhar demais empobrece


#1 Tenha mais medo de deixar sua liberdade na mesa do que deixar seu dinheiro.
#2 Aqueles que não são capazes de esquecer o passado, estão condenados a repeti-lo.
#3 Não se aprende depois começa. Se começa e depois se aprende.

💼 Você trabalha… ou AtraBalha? o texto que vai te fazer repensar sua agenda.
💄 Glossier: de blog de banheiro a império bilionário de pertencimento.
🥪 Subway + Odete Roitman: o comercial que matou a fome (e o tédio da publicidade).
🏋️ Wellness Business: de academias clínicas a yoga na NFL — o novo luxo é cuidar de si.
👀 E mais algumas coisinhas…

Você trabalha… ou AtraBalha?

Pensa comigo. A maioria das pessoas trabalha demais… e acaba se AtraBalhando.
Gostou do trocadilho, né? Eu também.
Mas o ponto é sério: quase ninguém percebe que a maior parte desse trabalho não precisava ser feita.
Tem gente que passa 12 horas por dia sentada em frente ao computador. Dizendo pra si mesma que tá sendo produtiva.
Mas, na real… tá só tentando ocupar todas as agendas do Google pra, quando acordar de manhã, se sentir produtiva… e importante profissionalmente.
É medo.
Medo de parecer preguiçoso. Medo de ser julgado pela “tribo da produtividade”.
Medo de não ser aceito se não estiver ocupado. Medo de não ter o que fazer.
A verdade é que ao se entupir de compromissos para fugir da mediocridade você acaba se tornando mediocre. Num mundo em que o tempo é o maior dos ativos, ser rico é ter agenda vazia.
A agenda fica pronta depois que você tira tudo aquilo que não precisa e não o contrário.
Em meio ao corporativismo e à burocracia, as pessoas passam o dia em reuniões de politicagem, preparando PowerPoints bullshiteiros ou fazendo alinhamento de alinhamento de alinhamento pra não ferir suscetibilidades.
Enquanto isso, o tempo — o bem mais valioso que existe — vai sendo gasto em vaidade, ego e barulho.
E o que sobra?
Cansaço. Ansiedade. E a falsa sensação de estar sendo produtivo.
A verdade é que trabalhar mais não é o mesmo que produzir mais. Um post que viraliza pode te gerar mais resultado do que um mês inteiro de reuniões.
Uma conversa com a pessoa certa pode valer mais do que cem tentativas frias.
Enquanto isso, tem gente passando 10 mil horas construindo algo que ninguém vai ver.
Isso me ensinou três coisas:
Primeiro: qualidade é mais importante que quantidade.
Uma hora bem usada vale mais do que doze horas mal direcionadas.
Segundo: a gente vive na era da alavancagem digital.
Qualquer pessoa pode construir algo relevante com o que tem na cabeça e um celular na mão. Por isso, começar vale muito mais do que planejar. Porque quem começa, aprende. Quem planeja demais, paralisa.
E, nesse jogo, o tempo que você gasta planejando é o tempo em que alguém já começou e te passou.
Terceiro: quando você tem um emprego, você troca tempo por dinheiro.
Quando você empreende, você troca valor por dinheiro. Mas, no que diz respeito ao bom uso do tempo, tem muito funcionário que se comporta como empreendedor e muito empreendedor que se comporta como funcionário.
Porque a mentalidade produtiva não tem cargo. Tem consciência. Quando tirei o excesso, as reuniões inúteis, os e-mails que não levavam a lugar nenhum, as ideias que nunca saíam do papel, descobri que uma hora de trabalho real vale mais do que doze de movimento vazio.
Sério?
Vai viver. Ler. Treinar. Passar tempo com a família. Cozinhar. Reaprender a ficar entediado.
É nesse vazio que as boas ideias aparecem. E quando você melhora corpo, mente e relações, essa melhora transborda pro trabalho, pros negócios e pro dinheiro.
É quando você percebe que o verdadeiro segredo pra fazer mais… é aprender a criar espaço na agenda pra ter tempo de abraçar as verdadeiras oportunidades quando elas aparecem.
Quem trabalha demais não tem tempo de ganhar dinheiro.

Você não vai acreditar: a Glossier começou como um blog de beleza que nem vendia nada.

Antes de virar a queridinha bilionária do skincare, ela era só uma menina curiosa escrevendo sobre batons e autoestima.
O ano era 2010. Emily Weiss, assistente de moda da Vogue, acordava cedo, ia trabalhar e à noite, no quartinho minúsculo dela, escrevia posts pro Into The Gloss, um blog onde entrevistava mulheres sobre seus rituais de beleza.
Nada de tutoriais, nada de publi, nada de “tendência do momento”.
Era conversa de banheiro mesmo: bagunçada, íntima, honesta.
E isso virou uma comunidade.
Cena de filme
Imagina: apartamento pequeno em Nova York, luz amarelada, potes abertos de cremes, Emily digitando com cabelo preso, enquanto o site dela começa a bombar de comentários tipo: “Finalmente alguém que fala de beleza de verdade.”
Era só papo, mas o papo virou movimento.
E um dia ela percebeu que não precisava mais entrevistar as marcas, ela podia ser a marca.
O herói improvável
Nada de laboratório, nem grana de investidor no início.
O produto da Emily foi a escuta!
Antes de criar qualquer coisa, ela ouviu milhares de mulheres.
Quando lançou a Glossier, em 2014, trouxe só quatro produtos: simples, clean, com nome que parecia carinho: Milky Jelly Cleanser, Balm Dotcom...
Nada de “make para transformar”. Era “make para revelar”. Um tapa na cara da indústria que há décadas dizia que beleza era conserto.
A Glossier chegou dizendo: “Beleza é extensão de quem você já é.”
A solidão dos visionários
Enquanto as gigantes compravam celebridades pra vender sonho inalcançável, Emily montava fóruns no Slack pra perguntar pra base o que elas queriam lançar.
Enquanto o mercado media “share of voice”, ela media “share of heart”, o quanto o público se sentia parte da marca.
E funcionou: A Glossier virou case mundial de comunidade antes de produto.
Em 2019, valia mais de US$ 1 bilhão, com uma loja física que parecia cenário de Pinterest e filas de duas horas só pra tirar foto.
O que rolou
O blog virou laboratório vivo de insights.
A comunidade virou time de P&D disfarçado.
A estética virou linguagem universal do soft power feminino.
E o produto virou extensão da conversa.
Resumo da jogada
A Glossier não vende maquiagem. Ela vende pertencimento com brilho natural.
Transformou o ato de se maquiar num gesto de autoexpressão, não de correção.
Enquanto o mercado tentava vender “perfeição”, a Glossier vendia “autenticidade”.
E adivinha? O público comprou as duas.

Escute antes de criar.
Comunidade não nasce de briefing, nasce de conversa.
Transforme cliente em coautor.
Quando as pessoas participam, elas defendem.
Menos catálogo, mais conexão.
Quatro produtos bem pensados valem mais que quarenta lançamentos sem alma.
Construa o backstage, não só o palco.
O segredo da Glossier foi mostrar o “antes”, o processo e o real.


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Branding de Perto
Branding de Perto, de Galileu Nogueira, é um guia prático sobre como construir e gerenciar marcas de forma humana e estratégica. O autor mostra que branding vai muito além de logotipos, trata-se de propósito, consistência e conexão emocional com o público. A obra combina teoria e prática, com exercícios e exemplos de marcas reais, ajudando empreendedores e profissionais de marketing a desenvolverem uma identidade sólida, coerente e capaz de gerar valor a longo prazo.

Command R+
O Command R+ é o cérebro por trás das IAs que pensam com método. Criado pela Cohere, ele entende contextos gigantes, busca informações externas e conecta tudo em respostas inteligentes e precisas. É o tipo de IA que não só conversa, ela raciocina, cruza dados e age em várias etapas até chegar na melhor solução. Feito pra quem precisa de informação confiável, automação real e decisões que vão além do óbvio.

The Great Fail #68
O episódio “Quibi” do podcast The Great Fail relembra a queda da plataforma de streaming criada por Jeffrey Katzenberg e Meg Whitman. Lançada em 2020 com quase US$ 2 bilhões e apoio de Hollywood, a Quibi prometia revolucionar o vídeo curto, mas faliu em apenas seis meses. O episódio analisa como erros de timing, modelo de negócio e leitura do público levaram ao colapso de um dos maiores fracassos do entretenimento digital.

Plaude Note Pin
O Plaud NotePin é um gravador inteligente e vestível, basta prender na roupa e apertar um botão para registrar conversas ou ideias. Depois, o áudio é transcrito e resumido por IA no app da Plaud. Compacto e discreto, oferece até 20 h de gravação e é ideal para quem quer capturar conteúdo de forma prática e sem usar o celular.

Quem matou a fome de Odete Roitman?

O Subway já provou que entende de sanduíche, mas dessa vez, filhão… ele matou a fome da Odete Roitman no caminho.
Sim, aquela Odete, a vilã lendária de Vale Tudo, que o Brasil inteiro ainda lembra quando escuta “quem matou…?”.
Pois bem. No dia seguinte ao episódio mais comentado da novela, lá vem a Subway com um comercial que parecia piada interna entre brasileiros:
Débora Bloch, toda poderosa no papel da Odete, viva e plena, dá uma mordida num Sub de 30cm.
Nada de suspense, nada de trilha dramática. Só ela, o lanche e a frase certeira: “Com um Sub de 30, quem morre é a sua fome.”
E pronto. Um país inteiro riu, entendeu e compartilhou. Nem precisava explicar. Era aquele tipo de sacada que a gente vê e pensa: “pqp, quem teve essa ideia merece aumento.”
O enredo
A Subway podia ter feito o óbvio — só mais uma publi genérica surfando o sucesso da novela.
Mas não, a marca foi afiada no timing e leve no humor.
Em menos de 24 horas depois do episódio bombar, eles já estavam lá, na conversa, como se tivessem mandado o meme no grupo da família.
Nada de forçar pauta ou “entrar na trend”:
Eles entenderam o momento cultural e brincaram com ele do jeito mais brasileiro possível — com deboche e pão francês.
A sacada
O gênio aqui não tá só na piada, mas na sensibilidade.
Subway não tirou sarro da novela, nem da personagem.
Só usou a nostalgia, aquele calorzinho de relembrar um clássico pra dar o seu recado: a fome é o único vilão que ela mata de verdade.
E convenhamos, fazer isso com uma personagem que morreu há 35 anos… e ainda parecer atual?
É pra aplaudir de pé com a boca cheia.
O resultado
Gente repostando o vídeo e rindo no X, Threads e TikTok.
Memes misturando “quem matou Odete?” com “quem matou a fome?”
Um mar de comentários do tipo “essa foi boa, Subway!”
No fim, a marca conseguiu o que todo publicitário sonha: não só entrar na conversa, mas criar o punchline da conversa.
A provocação
Você acha mesmo que pra vender sanduíche precisa falar de sanduíche?
A Subway mostrou que o segredo tá em entender o momento, falar a língua da turma e ter coragem de brincar com o clássico.
Porque às vezes, meu caro, o marketing não tá em criar algo novo…
Tá em ressuscitar uma Odete e matar a fome e com estilo.



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