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De Noé fazendo vlog a Hailey vendendo por 1 bi: o presente já parece ficção.

A quinquagésima quinta edição do BoB Post está no ar. Segue o fio 👇

IA do Google cria vídeos tão realistas que parecem obra de Spielberg.
O Gemini tá virando o jogo do trabalho digital. E se você ainda não entendeu, tá ficando pra trás.
Se você ainda acha que a Bibi é só uma sapataria… você não entendeu nada.
O consumidor de 2027 não vai escolher pelo preço. Vai escolher pelo que sente.
Adidas alugou um triplex no mundo da moda.
A 3 Corações entendeu o jogo: não é sobre café. É sobre memória.
De rivais a uma parceria bilionária: O que o Zuck anda aprontando?
3 anos, 10 produtos: O que tornou a Rhode, da Hailey Bieber, tão atrativa?
Segue o fio pra se aprofundar nas tendências que estão moldando o presente e o futuro 👇


A nova IA do Google que está fazendo a galera duvidar do real.

Canguru no aeroporto? Noé fazendo vlog na arca?
Parece coisa de filme ou até loucura, mas esses são alguns dos vídeos mais virais da semana na internet.
O mais impressionante?Apesar de parecerem reais demais, tudo isso foi criado por Inteligência Artificial — uma das tecnologias mais sinistras já feitas até hoje.
O protagonista da vez?Veo 3, o mais recente lançamento do Google, que traz um salto gigantesco em qualidade, fluidez e detalhes — tudo isso com uma interface simples e acessível.
Imagina só:
Vídeo em 1080p
Narração sincronizada
Trilha sonora personalizada
Efeitos sonoros precisos
Tudo isso gerado automaticamente, com a precisão da equipe do Google DeepMind.
O Veo 3 entende nuances do texto, capta a emoção do momento e transforma isso em imagens em movimento que emocionam, surpreendem e até assustam.
A IA está disponível para quem assina o Google AI Ultra ou via Vertex AI, voltado a clientes corporativos — abrindo espaço para marcas, criadores e profissionais explorarem esse universo criativo.
Claro, ainda há limitações para pedidos muito complexos.Mas o avanço é inegável e aponta para um futuro em que qualquer pessoa pode gerar conteúdo audiovisual de qualidade profissional, com poucos cliques — e sem precisar ser expert em edição.
Resumo da ópera:A IA generativa e o Veo 3 do Google não estão apenas mudando como consumimos vídeos — estão transformando como contamos histórias.
Sejam elas do passado, do presente… ou de um futuro que já começou.

Seu novo colega de trabalho? A IA mais esperta do Google.

Imagina só: você entrando no Gmail e recebendo respostas prontas que parecem ter sido escritas por você. Nada de mensagem genérica. Nada de robô travado.
Essa é a mágica do Gemini, a nova inteligência artificial do Google que está virando o uso do Gmail, Meet e Docs do avesso.
No Gmail
O Gemini lê seus e-mails, entende o contexto, e ainda vasculha o seu Google Drive pra montar a resposta perfeita.Do jeito que você fala. No tom que você usaria.Quer marcar uma reunião? Pede. A IA resolve.Direto do e-mail. Simples assim.
No Google Meet
O Meet agora é quase um tradutor simultâneo com empatia.Capta seu tom de voz, traduz em tempo real e remove as barreiras linguísticas da conversa.Papo reto. Colaboração real. Zero ruído.
No Google Docs
O Gemini virou aquele parceiro de escrita que você sempre quis:
Corrige com precisão.
Sugere melhorias baseadas no seu estilo e histórico.
Deixa seu texto afiado, direto e com peso.
E não para por aí.
O Gemini já está se integrando a outras ferramentas do Google Workspace.Menos esforço. Mais resultado. Mais tempo pra fazer o que importa.

Loja é transformada em playground e cresce 80% no processo.

A verdade é que, quando o assunto é mercado infantil, a Bibi deixou de vender sapato faz tempo. Hoje, o que ela vende é encantamento.
A virada veio com a Bibiland, sua loja conceito em Parobé (RS), que parece mais um parque do que um ponto de venda.Escorregador, piscina de bolinhas, brinquedão, cafeteria…Enquanto as crianças se divertem, os pais descansam.E a marca? Vende.
Resultado: +80% nas vendas no primeiro mês.
Mas não parou por aí.A marca entendeu que vender pra criança é conquistar o pai e a mãe com experiência.E reformulou suas lojas tradicionais com foco em interatividade, imersão e ambiente sensorial.O efeito? Aumento de até 30% nas vendas.
E se você acha que isso foi o bastante, segura essa: a parceria com a Disney injetou novos produtos licenciados no portfólio e impulsionou as vendas em média 11% por mês.
No fim do dia, o recado é simples:quem vende produto, disputa por preço.Quem cria experiência, constrói desejo.E quem constrói desejo… vira destino.

As emoções que vão mandar no consumo em 2027.

Sim, o jogo virou.Se antes marca ou custo-benefício decidiam a compra, agora é o emocional que manda na carteira.
É isso que aponta um estudo recente da WGSN, que mapeou os três sentimentos que vão guiar o consumo nos próximos anos:
1. Alegria Estratégica
Não é sobre rir à toa.É sobre buscar propósito por meio do prazer.A WGSN define como “uma abordagem intencional para buscar prazer e significado”.Viagens de trem, eventos coletivos, experiências compartilhadas: tudo isso vira forma de conexão, inspiração e autoconhecimento.
2. Desvontade
O nome já diz tudo.É a recusa silenciosa ao ritmo frenético do mundo moderno.Aquele desejo de desligar das obrigações e simplificar a vida.Menos tarefas. Mais presença. Mais tempo com quem importa.Marcas que entregam respiro, leveza e cuidado real ganham espaço nesse cenário.
3. Otimismo Cético
É a mistura de esperança com pé no chão.O consumidor quer acreditar num futuro melhor — mas não aceita mais papo mole.Ele procura marcas transparentes, que enfrentem problemas reais com soluções concretas.Confiança, mas com filtro.
A nova era do consumo tem nome: emoção com propósito.
As marcas que entenderem isso vão deixar de ser apenas opção…E virar refúgio. Inspiração. Parceiras de jornada.

Adidas lança linha fashion pra pets e mostra que entendeu o jogo do lifestyle melhor do que muita marca.

ão é mais só você que quer estar na moda — agora seu pet também pode ser estiloso. E a Adidas percebeu isso antes da concorrência.
A gigante do esporte acaba de lançar uma coleção exclusiva de roupas e acessórios para bichinhos, unindo seu DNA esportivo à presença cada vez mais dominante dos pets na vida das pessoas. Moletons, jaquetas, camisetas, coleiras e até mochila fitness — tudo com as icônicas três listras. Estilo não falta.
Mas o ponto aqui é mais profundo: o mercado pet deixou de ser sobre “produto” e virou sobre pertencimento. O consumidor não quer só funcionalidade. Quer identidade, conforto, afeto e, claro, um visual que reflita o estilo de vida da casa — inclusive do cachorro.
A Adidas entendeu o timing perfeitamente. Lançou primeiro na China (mercado onde o consumo pet premium está explodindo) e cravou um novo território: o de marcas que enxergam o pet como extensão do lifestyle humano.
Essa não é só uma linha bonitinha. É uma jogada estratégica num setor que deve ultrapassar US$ 500 bilhões até 2030. Quem entrar agora, entra grande.
Resumo da ópera: enquanto alguns ainda tratam pet como nicho, a Adidas já sacou que isso é cultura. E cultura se traduz em desejo, rotina e consumo. Quem entende isso, lidera.

3 Corações irá pular fogueira do jeito certo esse ano!

Em uma jogada de mestre, a marca lançou um cappuccino sabor paçoca em cápsulas — misturando a cremosidade do café com o doce que é símbolo de infância, festa junina e Brasil.
Mais do que sabor, é nostalgia líquida.E o timing? Preciso. O lançamento chegou junto das festas juninas, quando a paçoca sai do armário e vira protagonista das mesas brasileiras.
É aí que a mágica acontece: o produto não só conversa com o paladar. Ele ativa a memória afetiva.
O que a 3 Corações faz aqui é mais do que inovação de portfólio.É entendimento de contexto cultural, de timing emocional e de desejo coletivo.
Porque quando uma marca acerta o momento, o sabor e o sentimento, o consumidor não compra só um produto — ele leva pra casa um pedacinho de quem ele é.

Zuckerberg e Luckey juntos? Quando a ambição é grande demais, até rivais históricos fazem as pazes.

Quem diria que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, e Palmer Luckey, fundador da Oculus, um dia estariam do mesmo lado da mesa — e não em lados opostos da guerra do metaverso?
Pois é exatamente isso que está acontecendo.Zuck e Luckey agora dividem uma parceria bilionária focada em realidade aumentada para uso militar nos Estados Unidos.
Mais do que uma colaboração inesperada, isso é um movimento estratégico que sinaliza algo maior: o futuro das big techs não está (só) nas redes sociais ou no entretenimento imersivo — está em aplicações reais, de alto impacto, como defesa, segurança e infraestrutura crítica.
A Meta, que vinha sendo pressionada a entregar resultados além do metaverso, encontrou na RA militar uma nova avenida de poder, influência e receita.E Palmer Luckey, que hoje comanda a Anduril (startup de defesa avaliada em bilhões), ganha um aliado com escala, dados e ambição global.
Essa união também deixa um recado claro para o mercado:na tecnologia, rivalidade é detalhe. O que move tudo é a visão.
Zuckerberg e Luckey não estão só desenvolvendo um produto.Eles estão reposicionando a RA como ferramenta geopolítica.Uma tecnologia que sai da bolha do hype e entra no centro das decisões estratégicas de nações.
Resumo da ópera?Quando o objetivo é grande o suficiente, o ego sai de cena, o jogo muda — e os ex-rivais constroem o futuro juntos.
Como uma marca com 10 produtos em 3 anos foi vendida por 1 bilhão de dólares?

No dia 28 de maio, a e.l.f. Beauty anunciou a aquisição da Rhode, marca de skincare fundada por Hailey Bieber, por 1 bilhão de dólares — sendo 800 milhões pagos à vista e os outros 200 milhões condicionados a performance futura.
Mas o que realmente chama atenção não é o valor em si.É o fato de que a Rhode, com apenas 10 produtos no portfólio e 3 anos de vida, já estava nesse patamar.
A explicação? Branding com rosto, consistência e presença radical da fundadora.
Hailey não apenas emprestou sua imagem.Ela foi a cara, a voz e a alma da marca desde o dia 1.Atuou pessoalmente em campanhas, vídeos, eventos, redes sociais e estratégias — fazendo da Rhode uma extensão legítima de quem ela é.
Isso criou mais que uma base de clientes. Criou uma comunidade.Porque o público não comprava só skincare. Comprava identificação, estética, valores — e proximidade com uma fundadora que parecia real.
A venda da Rhode escancara uma tendência forte (e cada vez mais visível):fundadores como influenciadores principais.Num cenário saturado de creators pagos, quem vive o que vende conquista mais do que atenção. Conquista confiança.
Mas aqui vai o detalhe que quase ninguém fala:esse tipo de estratégia dá trabalho, exige disciplina e cobra um preço.É preciso gerenciar a exposição, proteger o negócio da vida pessoal e sustentar a narrativa por trás da marca com verdade e planejamento.
Não basta aparecer. Tem que viver aquilo que se constrói.
E foi isso que Hailey fez.No fim, a venda bilionária da Rhode é mais do que uma tacada financeira.É a validação de que marcas humanizadas, com propósito, consistência e presença autêntica do fundador, constroem valor de verdade.
E quem entende isso?Está jogando outro jogo.


