A primeira AI a passar no Turing Test: O que nos aguarda...

A quadragésima nona edição do BoB Post está no ar. Segue o fio 👇

Não é só Ghibli: 10 jeitos fodas de usar o gerador de imagem do GPT.

Essa IA foi confundida com um humano por 73% das pessoas (e isso muda tudo).

Essas marcas são o oráculo da nova geração.

Como a Havaianas usou o Pinterest pra bater a meta em 10 dias.

O dia em que a Chili’s decidiu parar de parecer legal e virou f*da de verdade.

Como a Simple Organic transformou sustentabilidade em lifestyle — e lucro.

A startup que traduziu a creator economy — literalmente.

O braço robótico que virou o cozinheiro favorito do Vale do Silício.

Segue o fio pra se aprofundar nas tendências que estão moldando o presente e o futuro 👇

Ghibli? Meme? Pitch de milhões? Agora tudo vira imagem com o GPT.

Insulto à própria vida': o que artista do Studio Ghibli pensava sobre inteligência artificial antes de virar trend do ChatGPT | Tecnologia | G1

Essa semana tivemos um surto coletivo de imagens no estilo Ghibli que tomou conta da internet. Você com certeza viu o instagram lotado de versões encantadas da própria vida como se tivesse sido dirigida pelo Miyazaki.

E sim, tudo isso… feito com a nova função de geração de imagens do ChatGPT. Mas aqui vai o pulo do gato:

Isso foi só o aquecimento. A real revolução começa agora. Porque essa IA não só entende estética… ela entende contexto, narrativa, emoção.

Você pode criar:

  • Moodboards de marca que parecem saídos da cabeça de um diretor de arte.

  • Storyboards de campanhas publicitárias inteiras, sem abrir o Photoshop.

  • Cenas de livros, contos, pitches — visualizadas em segundos.

  • Protótipos de moda, embalagens, cenários, interiores — prontos pra apresentação.

  • Utopias, distopias, futuros alternativos — renderizados em alta fidelidade.

  • E até sátiras, memes e críticas sociais visuais que viralizam com dois cliques.

A IA deixou de ser uma ferramenta. Virou um co-criador. Não é só sobre fazer imagens bonitas. É sobre imaginar mais longe do que a gente já conseguiu sozinho.

E o melhor? Tá tudo na ponta dos dedos. Ou melhor, na ponta das palavras.

GPT-4.5 passou no Teste de Turing — e a linha entre humano e máquina acaba de borrar de vez.

Pela primeira vez na história, uma IA foi confundida com um ser humano na maioria das vezes em um teste de Turing clássico — aquele idealizado por Alan Turing em 1950 pra saber se uma máquina consegue “pensar”. E não foi qualquer IA: foi o GPT-4.5.

Em 1950, Alan Turing propôs um desafio simples e poderoso:

Se um juiz não consegue distinguir um humano de uma IA só pela conversa, a IA passa no teste.

Pesquisadores da UC San Diego conduziram testes rigorosos com diversos modelos, incluindo o GPT-4.5, LLaMa-3.1, ELIZA e humanos reais.

O resultado? Quando o GPT-4.5 adotava uma persona humana, foi considerado “mais humano” do que humanos reais em 73% dos casos.

Os participantes tinham 5 minutos para conversar com um humano e uma IA. Depois, escolhiam quem era quem. O GPT-4.5, com uma persona introvertida e digital-nativa, enganou quase todo mundo.

A maior parte dos modelos antigos (como o GPT-4o ou o ELIZA) ainda eram detectados com facilidade. Mas o 4.5? Confundia até os juízes mais experientes.

Veja um dos exemplos: conversas reais onde o juiz precisava escolher quem era o humano. Spoiler: ele errou.

O GPT-4.5 não está só respondendo perguntas. Ele está atuando um papel, encarnando personas, simulando emoção e enganando humanos treinados.

Isso muda tudo. Desde a confiança que damos a textos, até a forma como interagimos com máquinas, decisões automatizadas… e o futuro da própria consciência.

Nike, YouTube e o novo manual de influência: o que os jovens brasileiros estão tentando nos dizer

marcas

Se você quer saber o que realmente move o Brasil de amanhã, não olhe para o mercado financeiro. Olhe para o tênis e para a tela.

Segundo a nova pesquisa da Talk Inc. e da HSR Specialist Researchers, Nike e YouTube lideram a preferência entre as marcas mais escolhidas por jovens brasileiros — com Instagram, Coca-Cola, Samsung, Nubank, Netflix e Adidas logo na cola. O que parece uma lista de compras, na real, é um raio-x cultural.

O que essa geração está gritando em silêncio?

  1. Estilo é identidade. Nike não vende só roupa — vende pertencimento. Cada Air Force no pé é um manifesto não verbal sobre estilo, atitude e tribo. Num mundo onde a imagem é moeda, a marca se tornou uniforme de quem quer ser visto.

  2. A cultura é visual e líquida. O YouTube não é só entretenimento — é formação cultural. É onde essa geração aprendeu a se maquiar, a cozinhar, a editar, a falar inglês, a entender política e a pensar diferente. E, às vezes, tudo isso no mesmo dia.

  3. As marcas são avatares. Não basta entregar produto: hoje, marca boa é personagem na vida do consumidor. O Nubank não é só um banco: é o “banco cool que entende a sua vibe”. A Netflix não é só streaming: é companhia de sexta à noite.

  4. A escolha virou performance. Quando o jovem escolhe uma marca, ele está performando um estilo de vida. Não é sobre consumo — é sobre comunicação. A marca vira um código, um atalho visual pra dizer quem você é e onde você quer pertencer.

Se você quer falar com jovens, precisa parar de vender produto e começar a vender ponto de vista. Essa geração escolhe quem compartilha valores, estética e cultura, e cancela quem não entrega isso com verdade.

A real? O brand equity agora se constrói no feed, no story e na DM. E quem não entender isso vai virar só mais um logo esquecido no fundo da prateleira da memória.

Eles apostaram em uma tendência do Pinterest. Em 10 dias, superaram a meta. Coincidência? Nem um pouco.

Havaianas Pinterest

Tem marca que fala de tendência. E tem marca que navega nela com a leveza de quem nasceu pra isso — de chinelo, inclusive.

A Havaianas entendeu uma coisa que muita marca ainda tá tentando: as redes sociais não são mídia, são bússola. E nessa jogada recente, a bússola apontava pra um lugar específico: o Pinterest.

A marca se conectou com o trend “bloke core”, uma estética que mistura camisetas de futebol, bermudas folgadas e, claro, Havaianas no pé, pra montar o que a nova geração chama de "look despretensiosamente calculado".

O resultado? Uma campanha no Pinterest que:

  • Falou com o consumidor certo,

  • No mood certo,

  • No timing exato.

E o mais lindo? Em apenas 10 dias, a marca superou a meta de performance que havia sido projetada para um período muito maior. Isso não é sobre sorte. É sobre conexão de verdade com a cultura visual e comportamental da internet.

O Pinterest, diferente de outras plataformas, é onde as ideias nascem antes de virar hype. E a Havaianas entendeu isso. Em vez de tentar criar uma trend, ela surfou uma que já estava ganhando tração — e se tornou protagonista.

O smash que virou smash hit: o comeback apimentado da Chili’s

Chili's returns to TV 3-for-Me ads with Brian McKnight on digital

Durante um bom tempo, o Chili’s foi aquela marca que todo mundo conhecia, mas ninguém lembrava de ir. Parecia stuck in the 2000s, com cheiro de nostalgia e gosto de "já vi isso antes". Até que eles fizeram o impensável: pararam de tentar parecer jovens… e começaram a agir como uma marca que realmente entende cultura.

  1. Eles ouviram. E ouviram certo. George Felix, CMO do Chili’s, não quis reinventar o cardápio — quis reconectar com a cultura. Com escuta social afiada, entenderam que os memes, os tweets e os trends já tinham feito metade do trabalho. Faltava só a marca entrar no jogo com confiança e coragem.O resultado? O Chili’s deixou de ser o jantar da vovó e virou o date night favorito da Gen Z.

  2. Do smash ao smash hit. Sabe o smash burger que você viu no TikTok? O Chili’s lançou O Big Smasher, um hambúrguer de meio quilo, prensado no ponto, com aquele visual de “me come agora”. Mas não foi só comida. Foi posicionamento. Um produto que viraliza visualmente e entrega excesso em um mundo que só oferece moderação.

  3. A marca achou sua voz (e não é voz de atendimento). Hoje, a marca fala do jeito que você fala com os seus amigos. Cheeky. Rápida. Confiante. E isso não é sobre tom de voz — é sobre tom de atitude.

  4. Não é branding, é performance emocional. Enquanto você lê isso, a Chili’s tá com: +20% de tráfego físico nas lojas, +31% de crescimento em vendas e milhões de jovens dizendo: “bora no Chili’s?” como se fosse o lugar mais quente da cidade.

Em um mundo de marcas mornas, quem toma partido vira farol.

Simple Organic chega em Balneário Camboriú

Tem marca que fala de sustentabilidade como quem lê bula de remédio.E tem a Simple Organic, que entrou no jogo chutando a porta da bolha ESG e mostrando que propósito não precisa vir com cara de planilha.

Desde o dia um, a Simple não tentou “explicar” a sustentabilidade. Ela encarnou o desejo por uma beleza mais limpa, mais consciente — e mais real.

Enquanto o mercado ainda tentava entender o que era “clean beauty”, a Simple já estava construindo comunidade, conversando com uma geração que exige valores, mas compra por paixão. A fundadora Patrícia Lima cravou: “A gente não quer convencer, a gente quer inspirar.” E foi exatamente isso que fizeram.

O que a Simple entendeu antes de todo mundo?

Sustentabilidade não é uma categoria. É um lifestyle.A Simple nunca vendeu só cosmético. Vendeu um manifesto: autocuidado que não agride, beleza que não exclui, consumo com consciência — sem parecer doutrina.

Transparência não é diferencial. É base.Rótulo limpo, posicionamento claro, ingredientes compreensíveis.A fórmula da confiança vem antes do ácido hialurônico.

Design e propósito não são opostos.As embalagens da Simple são instagramáveis. Mas são eco-friendly, recicláveis e desejáveis. Isso não é contradição. É branding com consistência.

Marketing de influência com causa.Elas foram pioneiras em conectar ativismo e estética, criando uma rede de creators que falam com a alma da marca – e não com o bolso.

O resultado?

  • Marca independente com crescimento exponencial.

  • Entrada na Arezzo&Co (mas sem perder a essência).

  • E hoje, virou referência global no que significa fazer ESG de verdade: com impacto, com lucro, com beleza – e com desejo.

Enquanto muitas marcas ainda tentam provar que são sustentáveis, a Simple Organic já é amada, seguida e copiada. Porque quando o propósito é legítimo, ele não precisa gritar. Ele atrai.

Linguana: O YouTuber virou poliglota (sem abrir a boca)

Linguana - Tradução automática de sites e SEO multilíngue

Enquanto boa parte do mundo ainda tenta decifrar como criar conteúdo relevante em uma língua, uma startup está ensinando criadores a conquistar o planeta inteiro – uma legenda por vez.

A Linguana não é só uma plataforma de tradução automática. É uma máquina de globalização sob demanda. Com tecnologia de IA que mantém o tom, o ritmo e a alma do criador original, ela transforma vídeos comuns em conteúdos multilíngues com cara (e voz) de nativos.

Fundada por Yuval Tal — o mesmo gênio por trás da Payoneer e da Borderfree —, a Linguana nasceu com sangue de unicórnio e fome de palco global. E tá com o motor ligado:

  • Já são 10 mil traduções de vídeos por mês

  • Com retorno de centenas de milhares de dólares em novas receitas para os criadores

  • E um aporte de US$ 8,5 milhões pra escalar tudo isso

O modelo? Sexy e irresistível: zero custo inicial. Eles cuidam de tudo — curadoria dos vídeos com maior potencial, tradução de voz com IA emocional, descrição otimizada, thumbnail traduzido, canal novo. Em troca? Divisão 50/50 do que entrar no caixa. Um partnership real, onde só ganha quem entrega.

Chef Robotics: O sous-chef virou um robô (e não reclama do salário)

Dexai 'Robotic Sous Chef' Scaling Up with Flexible Robotics | Food On Demand

Se o futuro da alimentação tivesse um chef particular, ele seria de aço inox, teria sensores de visão computacional… e um pipeline de dados que vale milhões.

A Chef Robotics, startup que promete redefinir o que significa “colocar comida na mesa”, acaba de levantar US$ 43 milhões em uma rodada série A — e não foi só isso que chamou atenção. A empresa também cruzou a marca de 40 milhões de refeições preparadas, provando que seu modelo não é uma ideia futurista: é uma cozinha em plena operação.

Mas antes de pensar num robô gourmet francês dando flambadas dramáticas, entenda: a Chef não está aqui pra encantar foodies. Ela tá jogando outro jogo — o jogo da escala, da precisão, e do músculo operacional invisível que faz o setor de alimentação funcionar.