Do Rio capital da IA ao consumidor endividado por afeto.

A quinquagésima segunda edição do BoB Post está no ar. Segue o fio 👇

Pra ler o BoB Post em 3 minutos caso você não tenha tempo ou saco pra ir até o final:

O Rio de Janeiro quer virar a capital da inteligência artificial da América Latina.

O hospital virou software e a IA é quem faz a triagem.

O dia das mães vai movimentar R$ 14 bilhões.

Os brasileiros querem se endividar no dia das mães.

O Banco do Brasil usou IA para ouvir ideias sobre o futuro. Literalmente.

O Mercado Livre entrou na carteira ESG do BTG e isso diz muito sobre o novo capitalismo latino.

Porto Alegre bombou com o Web Summit.

O Paraná quer pulverizar plantações com aviões autônomos.

Segue o fio pra se aprofundar nas tendências que estão moldando o presente e o futuro 👇

O Rio quer virar a capital da IA da América Latina e já tem um plano de 3 gigawatts pra isso.

Web Summit Rio 2024: o que esperar da 2ª edição do evento?

Durante a abertura do Web Summit Rio 2025, Eduardo Paes não falou só como prefeito — falou como CEO de uma ideia: transformar o Rio de Janeiro no maior hub de data centers da América Latina e em um dos dez maiores do mundo. E a proposta tem nome: Rio AI City.

O projeto vai ocupar a região do Parque Olímpico com um campus de IA de última geração, com fornecimento ilimitado de água e capacidade inicial de 1,8 gigawatts até 2027 com ambição de chegar a 3 gigawatts em 2032. Tudo movido por energia limpa.

Mais que infraestrutura, isso é política externa em forma de silício. O Rio quer ser protagonista na nova ordem digital.

O hospital mais silencioso, mais eficiente e mais esperto da história.

MV - med.ai

Na nova leva de clínicas e instituições de saúde que estão investindo pesado em transformação digital, a inteligência artificial não é só suporte: virou cérebro operacional.

Ela faz triagem automatizada, ajusta escalas médicas em tempo real, prevê riscos de infecção, analisa exames antes do médico abrir o prontuário e ainda ajuda o paciente a agendar retorno com base em previsões de demanda futura.

O que era sobre “agilidade” virou orquestração invisível da saúde.

Segundo a Federação Brasileira de Hospitais, esses sistemas podem reduzir até 20% dos custos operacionais.

Mas o impacto real não está só na planilha. Está na experiência:

  • Menos fila.

  • Menos erro.

  • Menos médico sobrecarregado.

  • Mais decisão baseada em dado — e não em palpite cansado às 2 da manhã.

E o melhor? Isso já está rolando em redes do Brasil. De São Paulo a Recife, hospitais estão virando plataformas vivas de dados clínicos.

Dia das Mães deve movimentar R$ 14 bi mas o crescimento é tímido. E o motivo preocupa.

Presentes Dia Das Mães: Smartphone, Perfume e mais | Magalu

Projeções da CNC apontam que o varejo deve faturar R$ 14,37 bilhões neste Dia das Mães. É dinheiro. Mas o crescimento foi de apenas 1,9%, abaixo da inflação. E a causa está no centro da economia real: o crédito secou.

Taxas de juros altas, inadimplência crescente e confiança retraída estão fazendo o consumidor pensar duas vezes, mesmo em datas que apelam pro afeto.

O resultado? Gasto comedido, ticket médio menor, compras à vista. O consumidor não parou de comprar. Mas está comprando com medo.

Presentes que custam caro: brasileiros admitem se endividar no Dia das Mães.

Presente Dia das Mães: ideias de eventos e passeios

Segundo levantamento da CNDL e SPC Brasil, 27% dos consumidores admitem gastar mais do que podem para comprar presentes no Dia das Mães. E mais: 13% dizem que talvez deixem de pagar contas pra não chegar de mãos vazias.

O dado mais brutal: 32% dos entrevistados já estão inadimplentes antes mesmo da compra.

Essa é a equação do varejo emocional no Brasil: sentimento + escassez = endividamento afetivo.

É bonito. É perigoso. E o mercado adora.

O Banco do Brasil criou uma árvore que ouve. E o que ela ouviu foi futuro.

No Web Summit Rio 2025, o Banco do Brasil não levou só um estande. Levou uma provocação.

A “Árvore BB” — instalação alimentada por IA generativa — recebia ideias, frases, desejos e propostas do público sobre como criar um mundo mais sustentável. E devolvia respostas criativas, personalizadas, interativas.

Mais que um gimmick tecnológico, a árvore virou símbolo do que o BB quer representar: uma marca que escuta, que traduz propósito em experiência e que coloca inovação a serviço de narrativas sustentáveis.

No mesmo espaço, o banco ativou experiências gamificadas, palestras sobre inclusão digital e provocou o visitante a pensar não só em inovação… mas em impacto.

Mercado Livre entra na carteira ESG do BTG e o sinal é claro.

Mercado Livre (MELI34): BTG vê empresa na frente do setor

O BTG Pactual atualizou sua carteira ESG para abril. E entre as novas entradas está o Mercado Livre.

A escolha não é estética. É estratégica.

O banco está mirando empresas resilientes, inovadoras e com forte presença em inclusão financeira e logística verde — duas frentes em que o Mercado Livre vem investindo pesado.

Mais que uma validação, a entrada do MELI na carteira ESG de um dos maiores bancos do continente é um recado para o mercado: propósito dá lucro. E a nova economia se mede por mais do que balanço trimestral.

Web Summit Rio: 34 mil pessoas, 1.000 startups e uma energia de nova economia.

Rio recebe a partir de segunda-feira o Web Summit, maior evento de tecnologia do mundo - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - prefeitura. rio

A terceira edição do Web Summit Rio terminou com um recado: o Brasil está no jogo. E o palco é o Rio.

  • 34 mil participantes

  • 500 investidores

  • 1.000 startups

  • Executivos de OpenAI, TikTok, Nvidia e Unesco circulando pelo mesmo espaço que founders e devs brasileiros

O evento não foi só sobre tecnologia. Foi sobre clima. Sobre energia. Sobre vontade coletiva de empurrar o Brasil pra frente.

Se antes inovação era um nicho, agora é cultura de massa. E o Rio se tornou, por uma semana, o epicentro de tudo isso.

Paraná desenvolve avião de pulverização autônomo e planta a semente do agro do futuro.

Enquanto uma boa parte do agronegócio brasileiro ainda opera no modo analógico, o Paraná deu um passo que parece ficção científica: lançou o projeto de um avião agrícola de pulverização não tripulado.

A iniciativa, liderada pela Fundação Araucária, é parte de um movimento mais amplo: transformar o estado num polo de inovação aplicada ao agro, unindo ciência de ponta com produtividade real.

Mais que um drone tunado, o projeto representa a fusão entre pesquisa, inovação e escala, o que o Brasil sempre precisou pra liderar, e não só produzir.