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O futuro está em beta: IAs que pensam, varejo que recua e marcas que apostam no impacto real.

A quinquagésima primeira edição do BoB Post está no ar. Segue o fio 👇

Pra ler o BoB Post em 3 minutos caso você não tenha tempo ou saco pra ir até o final:
IA nas escolas está próximo da realidade para os Estados Unidos.
O Brasil não quer ser espectador na revolução da IA — e está se posicionando como protagonista.
Na Páscoa, gastamos mais, mas levamos menos: o consumo consciente começa a bater no caixa.
O varejo físico sente o baque de um consumidor que exige experiência (e não só prateleira).
ESG deixou de ser modinha: virou pré-requisito para captar investimento e sobreviver.
Porto Alegre não é mais só churrasco e chimarrão: é novo hotspot de inovação e startups no Brasil.
Segue o fio pra se aprofundar nas tendências que estão moldando o presente e o futuro 👇


Os EUA declararam guerra pela mente dos jovens. E o campo de batalha é a IA.

Enquanto você lê isso, uma corrida silenciosa acontece. Mas não é pelos chips. Nem pelas startups. É pelas mentes.
No dia 23 de abril de 2025, o presidente Donald Trump assinou um decreto que muda o jogo: a educação em inteligência artificial vai ser obrigatória desde o ensino fundamental nos EUA.
Sim, inteligência artificial virou política de Estado.
O decreto cria uma Força-Tarefa da Casa Branca focada em integrar IA no currículo escolar.
Não é só ensinar "o que é um robô" — é formar programadores, designers, estrategistas e futuros CEOs de empresas que nem existem ainda.
O plano?
Treinar professores para usar IA na sala de aula.
Criar competições nacionais de inovação em IA entre estudantes.
Estabelecer parcerias entre governo, universidades e big techs para acelerar o desenvolvimento de talento.
E mais: o governo vai usar recursos públicos para apoiar escolas, universidades e até programas de dupla matrícula para alunos do ensino médio já começarem a sair com certificação em IA.
O que isso significa?
Enquanto muitos países ainda discutem se a IA é "boa ou má", os EUA estão garantindo que as próximas gerações dominem a tecnologia que vai moldar a próxima era econômica — e geopolítica.
Não é sobre ensinar crianças a usar IA. É sobre garantir que os EUA criem a próxima OpenAI, o próximo DeepMind, o próximo grande salto.
O futuro do poder global vai ser decidido menos por tanques... e mais por algoritmos. E os EUA acabaram de escalar seu novo exército.

Brasil no mapa da IA: entre a ciência e a oportunidade.

Enquanto EUA e China duelam pelo domínio da Inteligência Artificial, o Brasil faz o seu movimento — discreto, mas estratégico.
Hoje, somos líderes em IA na América Latina e, segundo estudo recente, o país ocupa a 13ª posição mundial em produção científica sobre inteligência artificial.
São 144 centros de pesquisa espalhados em universidades e hubs privados. Publicamos mais papers do que Itália, Espanha ou Austrália. Mas aí vem a pergunta real: e a aplicação prática?
Transformar produção acadêmica em startups, soluções de mercado e tecnologia aplicada é o próximo desafio.
Se não fizermos isso rápido, corremos o risco de virar fornecedor de mão de obra barata para o Vale do Silício.

Páscoa 2025: mais gasto, menos produto… o novo normal de consumo.

R$ 5,3 bilhões movimentados. Crescimento de quase 27% em relação a 2024. Se você olhar só esses números, parece que o varejo está comemorando. Mas o diabo mora nos detalhes.
As pessoas gastaram mais — mas compraram menos unidades. O tíquete médio aumentou, mas o volume de compras caiu. E isso diz muito sobre o novo mindset do consumidor: menos compulsão, mais curadoria.
Num mundo onde a inflação pressiona e a consciência de consumo cresce, a lógica do “carrinho cheio” vai sendo substituída por “pequenas indulgências” escolhidas a dedo.
Pro varejo tradicional — acostumado a jogar volume —, é uma bomba-relógio. Pra quem entende que consumidor quer significado, e não só preço baixo, é a melhor notícia dos últimos anos.

Varejo físico: o velho shopping ficou velho mesmo.

O Índice de Performance do Varejo mostrou o que muita gente já suspeitava: o varejo físico brasileiro está sangrando.
Março registrou queda de 2% no fluxo de lojas de rua e incríveis 16% nos shoppings. O faturamento caiu junto: -5% em lojas de rua e -6% nos shoppings.
A explicação? Não é só inflação ou endividamento. É uma mudança estrutural no comportamento de consumo: o cliente moderno não quer mais só andar no shopping. Ele quer experiência, contexto, conexão.
Varejistas que ainda operam como se estivessem em 2010 vão assistir sua audiência evaporar e nem vão entender por quê.

A ALLOS está transformando shoppings em usinas de propósito.

Durante décadas, shopping center era sinônimo de ar-condicionado, consumo rápido e Natal com neve falsa. Mas o mundo mudou — e a ALLOS entendeu antes dos outros.
Hoje, ela não é só a maior administradora de shoppings do Brasil. É também uma das pioneiras em virar o jogo da sustentabilidade no varejo físico.
O que a ALLOS fez?
100% de energia renovável até 2030 em seus shoppings (e já bateu 76% em 2024).
Estaçōes próprias de reuso de água, economizando mais de 170 piscinas olímpicas todo ano.
Neutralidade de carbono até 2040 — com projetos de compensação reais (não só "plantar árvores no app").
Políticas agressivas de diversidade: já bateu 45% de mulheres e 40% de negros em cargos de liderança.
Única empresa do setor no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3.
E o mais importante: tudo isso documentado, auditado, comprovado.
A ALLOS entendeu que ESG não é favor para a sociedade. É estratégia para continuar existindo. E transformou seus shoppings — antes templos do consumo — em hubs vivos de inovação, regeneração e pertencimento.
Enquanto muito varejista ainda pinta parede de verde no Instagram e acha que tá tudo bem... A ALLOS tá reescrevendo o manual do que significa ser relevante no capitalismo regenerativo.
Marketing sustentável: storytelling bonito não basta mais.

O consumidor de 2025 é cético. É exigente. E está treinado para identificar greenwashing a quilômetros de distância.
A nova onda do marketing sustentável não é só falar que é sustentável. É mostrar, em cada detalhe, como você entrega impacto de verdade.
Seja no rótulo, no material, na entrega, na comunicação.
Os dados mostram: marcas que provam sua sustentabilidade e não apenas declaram, crescem o dobro da média do mercado.
O futuro do branding é ser rastreável. Quem não entende isso vai ser cancelado pela indiferença que é muito pior do que o ódio.

Governo aposta R$ 3 milhões para fortalecer inovação no Brasil.

Em tempos de crise econômica e política, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação liberou R$ 3 milhões para apoiar eventos de inovação e empreendedorismo.
O objetivo? Fomentar ecossistemas locais, dar visibilidade a novas soluções e reduzir a distância entre pesquisa científica e produto comercial.
É pouco perto do que o Brasil precisa? É.
Mas é um movimento importante e uma janela de oportunidade para quem está começando. Inovação de verdade precisa de dinheiro, de palco e de rede. Sem isso, boas ideias morrem antes de sair do pitch deck.
Porto Alegre: o novo Vale do Silício do Brasil?

23 mil participantes. 3 mil startups. 900 investidores.
Esses foram os números do South Summit Brazil 2025, em Porto Alegre. Mas o que impressionou não foi só o volume, foi a energia.
A cidade virou hub de inovação real: biotech, inteligência artificial, foodtechs, sustentabilidade radical. Não é só app de delivery e fintech repetida.
Porto Alegre está se transformando no laboratório a céu aberto da nova economia brasileira. E quem apostar lá agora, vai surfar a próxima grande onda antes que ela vire tsunami.


