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Uma IA desafiou a NASA. Outra vai matar o Dr. Google. E o varejo? Virou palco.

A quinquagésima primeira edição do BoB Post está no ar. Segue o fio 👇

Ele criou uma IA com 18 anos, descobriu 1,5 milhão de objetos no espaço e levou US$250 mil por isso.
A OpenAI está construindo uma rede social.
O Sam’s Club parou de ser loja e virou um laboratório de futuro.
O restaurante mais cool do momento… funciona dentro de um posto de gasolina.
A embalagem que nasceu do lixo e virou luxo: o case de bagaço de cana.
A startup que economizou R$25 milhões combatendo o desperdício no varejo.
O novo roteirista de Hollywood é uma IA mas quem assina o Oscar ainda é humano.
Eles criaram uma IA pra matar o “Dr. Google” e o mundo da saúde nunca mais será o mesmo.
Segue o fio pra se aprofundar nas tendências que estão moldando o presente e o futuro 👇


Ele tem 18 anos. Um laptop. E um sistema de IA que fez a NASA parecer lenta.

Enquanto alguns adolescentes estão decidindo qual filtro usar no TikTok, Matteo Paz estava ensinando uma IA a decifrar o cosmos. O resultado? Um prêmio de US$ 250 mil e 1,5 milhão de descobertas astronômicas que podem reescrever o entendimento que temos do universo.
Sim, você leu certo: um estudante do ensino médio criou um algoritmo que mapeou buracos negros, supernovas e sistemas estelares binários escondidos nas entrelinhas de 200 terabytes de dados da NASA. Tudo isso durante um estágio.
Mas Paz não parou por aí. Ele não só automatizou um trabalho que levaria anos manualmente — ele fez isso com profundidade científica, rigor técnico e ambição cósmica. O algoritmo, publicado em uma revista científica, varreu quase meio bilhão de objetos espaciais e encontrou 1,9 milhão com variabilidade relevante. Destes, 1,5 milhão eram completamente inéditos.
O que parecia um exercício de programação se tornou o catálogo VarWISE — uma mina de ouro para astrofísicos que agora tentam decifrar, com base nesses dados, como o universo realmente se expande. Isso mesmo: Paz está metendo o dedo em um dos debates mais espinhosos da cosmologia moderna — a taxa de expansão do universo.
E como ele chegou lá? Com café, bugs, olheiras e uma obsessão bonita por entender o desconhecido. Matteo passou noites em claro, isolado numa sala escura em Caltech, transformando um estágio em um feito científico com potencial histórico. O tipo de coisa que costuma ser assinada por doutores com décadas de carreira — não por um garoto que ainda nem decorou o número do dormitório de Stanford.
Mas talvez o mais bonito dessa história não seja o número de descobertas. É a imagem do céu — literalmente. O mapa gerado por Matteo não mostra só pontos de luz. Mostra o que é possível quando genialidade encontra propósito.
Hoje, sua tecnologia já ajuda a calcular a massa de planetas distantes. Amanhã, pode ajudar a prevenir incêndios florestais da janela de sua casa. E, em breve, talvez ajude a entender por que estamos aqui.
Matteo Paz não é só um prodígio. Ele é um lembrete de que os grandes saltos da humanidade ainda podem começar com um estagiário, um bug no código, e uma boa dose de inquietação.
Esse não é um texto sobre astronomia. É sobre enxergar além.

OpenAI quer seu feed. E talvez, seu tempo inteiro.

Enquanto o mundo ainda está tentando entender os impactos da inteligência artificial no trabalho, na arte e na política, Sam Altman já está mirando no próximo campo de batalha: o seu scroll.
Segundo fontes internas, a OpenAI está desenvolvendo um protótipo de rede social, nos moldes do X (antigo Twitter), mas com um ingrediente que nenhum concorrente domina como ela: inteligência artificial de última geração. A ideia? Um feed social integrado com os recursos de geração de imagem do ChatGPT e talvez muito mais.
Altman já começou a sondar o mercado. Conversas privadas com insiders, protótipos circulando dentro da empresa, decisões ainda em aberto: app separado ou funcionalidade embutida no ChatGPT? Tudo ainda em fase de ebulição.
Mas o que está claro é uma coisa: OpenAI quer deixar de apenas interpretar o mundo para começar a moldá-lo em tempo real.
Esse movimento não é só sobre tecnologia. É sobre geopolítica do tempo de atenção. E, principalmente, é sobre rivalidade…
Desde que Elon Musk ofereceu US$97,4 bilhões pela OpenAI e levou um “não, obrigado” seguido de um tapa irônico — “mas podemos comprar o Twitter por US$9,74 bilhões se você quiser” — o clima deixou de ser diplomático. Musk fundiu X com xAI e tenta colocar sua IA, a Grok, em tudo. Já Zuckerberg prepara o lançamento de um app separado para seu assistente de IA com feed social embutido. E Altman? Está reagindo com o clássico: “Ok, então talvez a gente faça um social também.”
Mas não é só resposta. É estratégia.
Com um app social próprio, a OpenAI ganha acesso ao ativo mais valioso da atualidade: dados comportamentais em tempo real. Musk tem os dados do X. Zuck tem os dados do Instagram, Facebook, Threads, WhatsApp... Altman quer os dele.
A IA da OpenAI já é a mais avançada. O que falta? Contexto. Cotidiano. Emoção. Viralidade. Dados humanos para treinar modelos com mais humanidade.
E mais: um playground de dados e comportamento para retroalimentar os próprios modelos da OpenAI.

Essa loja do Sam’s Club deletou o caixa, o tédio e o atrito da sua compra.

Enquanto boa parte do varejo ainda engatinha com QR code na vitrine, o Sam’s Club já colocou o cliente dentro de um ecossistema onde a fricção desaparece e a tecnologia trabalha em silêncio.
Checkout? Nem pensar.Com o “Scan & Go”, o cliente escaneia e paga direto pelo app. Na saída, passa por um portal de IA que confere, em segundos, se tá tudo certo com as compras.Não tem “bip”, não tem “você pode colocar o item de volta na sacola?”. Tem só fluidez.
Robôs não servem café, mas fazem pizza.Robôs autônomos limpam o chão e checam o estoque. E um robô pizzaiolo – sim, você leu certo – prepara até 100 pizzas por hora.
Estoque vivo, produto no lugar certo, na hora certa.Com RFID + visão computacional, cada produto é rastreado da doca até a prateleira. Menos ruptura, menos desperdício. Mais inteligência em cada reposição.
A loja virou um hub logístico disfarçado de experiência.Quatro vezes mais espaço pra atender pedidos online. Estacionamento duplicado pra retirada rápida. O físico e o digital se abraçam sem parecer forçado.

Eles mataram o fast food. E fizeram isso com hambúrguer, kombucha e um touchscreen.

Por décadas, a loja de conveniência foi sinônimo de pressa: pega, paga, parte.Mas algo mudou. Agora, ela te seduz. Te faz ficar. Te convida pra jantar.
Nos Estados Unidos, marcas como Dash In estão transformando a conveniência em desejo.
Hambúrguer com 100g a mais que o do McDonald’s.
Receitas assinadas por chef.
Donuts sendo preparados na sua frente numa esteira hipnótica.
E torneiras self-service de kombucha, cerveja e café artesanal.
Tudo isso com touchscreen, design moderno e zero pressa.
E o mais provocante? É exatamente o que a Geração Z quer. Conveniência sem culpa. Comida boa sem afetação. E uma experiência que valha a story, o reels… e o repost.
Enquanto isso, a texana Buc-ee’s virou ponto turístico. Tem filas, banheiros premiados, música ao vivo e até uma linha própria de snacks que viraliza. É o coachella da conveniência. Um varejo que vende pertencimento, não só produtos.
Esse movimento é um grito contra o obsoleto. As velhas lojas que ainda vendem cigarros e “pastel engordurado de micro-ondas” estão ficando pra trás.Hoje, quem vence é quem entrega valor sensorial e storytelling em tempo real.
Quer um spoiler do varejo brasileiro dos próximos anos?
Cozinhas abertas, menus assinados por chefs, ambientes instagramáveis e pagamento por QR code. Tudo isso na esquina da sua casa. O “posto da esquina” vai virar o restaurante favorito do seu date.
Porque o futuro da experiência de consumo não é sobre vender… É sobre encantar.

O bagaço do século: a embalagem mais inteligente que você vai ver hoje

Enquanto a maior parte do mercado ainda insiste em usar plástico como se o planeta fosse infinito, uma ideia brasileira está transformando resíduo em revolução.
A Berneck, referência em painéis de madeira, se uniu à Greenplate para fazer o impensável: embalagens de equipamentos eletrônicos feitas com bagaço de cana. Sim, aquele subproduto ignorado da indústria sucroalcooleira agora veste notebooks e gadgets com design premium e pegada regenerativa.
Mas isso não é só sobre trocar um material por outro. É sobre mudar o código-fonte do consumo.
O bagaço da cana, que antes ia pro lixo ou pra queima, agora entra em um ciclo virtuoso: vira matéria-prima para uma embalagem 100% biodegradável, moldada com precisão, resistente, e que ainda comunica um posicionamento claro de marca.É forma, função e propósito, tudo no mesmo pacote.
E por que isso importa?
Porque no mundo dos eletrônicos — onde quase tudo grita “high-tech” e “carbono escondido” —, essa embalagem entra sussurrando:"A inovação que você carrega na mochila também pode cuidar da Terra."
É a estética da sustentabilidade com propósito funcional, não o greenwashing preguiçoso. E mais: é um recado direto pra gigantes como Apple, Samsung e Amazon que já investem bilhões em embalagens “verdes”, mas ainda engatinham perto do que essa ideia simples e genial entrega.
Como uma startup resolveu o problema que o varejo sempre empurrou com a barriga.

Se tem algo que o varejo brasileiro sabe fazer bem — além de promoções de última hora — é desperdiçar. Produtos vencidos, mal armazenados, mal distribuídos. E, no fim da conta, quem paga é o planeta… e o caixa.
Mas uma startup decidiu transformar esse buraco negro de ineficiência em economia real, impacto ambiental e inteligência de dados. Estamos falando da Evolves, uma empresa que atua como o cérebro preditivo de redes como Carrefour, Dia, Pão de Açúcar, entre outras. O que ela entrega? Tecnologia capaz de reduzir perdas no varejo de forma cirúrgica.
Em menos de dois anos, a startup já ajudou o setor a economizar mais de R$ 25 milhões, combatendo um vilão silencioso: o desperdício invisível que nunca entra nos relatórios de marketing.
Mas não é só economia, é estratégia ESG com ROI.
A Evolves opera com sensores e algoritmos que fazem o trabalho que nenhum gerente consegue fazer sozinho: prever deteriorações, ajustar estoques, analisar fluxos e evitar que toneladas de alimentos virem lixo antes mesmo de sair da prateleira.
Enquanto algumas empresas ainda discutem se ESG “pega bem” na imagem, outras estão colhendo o resultado de integrar inteligência artificial com inteligência de negócio. A sacada da Evolves foi simples: sustentabilidade sem eficiência é só discurso.

A próxima revolução de Hollywood… não vem de um novo diretor genial. Vem de um código.

Enquanto o mundo discute se a IA vai destruir a criatividade, o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, soltou uma que pode reescrever o roteiro da indústria:
“A IA pode deixar os filmes até 10% melhores.”
Não é sobre substituir roteiristas. Não é sobre criar deepfakes bizarros.É sobre melhorar o que já é bom. É sobre dar superpoderes para quem já cria.
A Netflix já tá usando IA pra:
Mapear cenas complexas
Acelerar efeitos visuais
Gerar locações virtuais com precisão
Baratear produção sem cortar qualidade
O que isso significa na prática?
Uma série indie com orçamento apertado pode ter efeitos de blockbuster.
Um roteirista pode testar 15 versões de um roteiro em minutos.
Um diretor pode planejar a cena perfeita… sem depender do clima de Los Angeles.
Mas Ted foi além: “Não se trata de substituir humanos. Trata-se de empoderá-los.”
O ponto é: O futuro do entretenimento não é homem vs máquina. É homem + máquina = histórias melhores.
A startup que declarou guerra ao Dr. Google (e já atendeu 10 milhões de pessoas em menos de um ano)

Esquece aquela busca aleatória no Google que termina com você achando que tem 48 horas de vida. Uma nova startup chegou com uma proposta ousada: substituir a sua ansiedade com precisão clínica.
O nome dela? Doctronic. Lançada há menos de um ano, a plataforma já atendeu mais de 10 milhões de pessoas com um sistema que parece ficção científica, mas é pura execução de alto nível.
Como funciona? Você descreve seus sintomas. A IA cruza idade, sexo, histórico e linguagem natural. Depois… o show começa.
Agentes inteligentes com especialidades médicas “debatem” entre si pra chegar a um diagnóstico mais certeiro que muita consulta por aí. Tudo isso validado por médicos de verdade, porque aqui, a IA não brinca de Deus sozinha.
Preço? US$ 39.Cobertura? 24/7 em todos os estados dos EUA.Confidencialidade? Compatível com HIPAA.Interface? Parece que o Midjourney foi treinado por Harvard.
Ah, e tem mais:A empresa acaba de levantar US$ 5 milhões em rodada seed com a Union Square Ventures e já atrai 50 mil usuários por semana, quase sem gastar com marketing.


